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Como definir salários (inclusive o seu!)

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Cálculo de remuneração envolve diversos aspectos que precisam ser avaliados pelo empreendedor

Conforme a empresa vai crescendo, o empreendedor vê a necessidade de contratar profissionais para garantir que o negócio continue prosperando e atenda à demanda cada vez maior.

Mas, nesse momento, pode surgir a dúvida: quanto pagar para cada funcionário? O salário é um aspecto extremamente importante no processo de contratação, e ele precisa estar de acordo com a situação financeira da empresa e também ser adequado para o perfil de profissional que você está buscando.

Além disso, existe outra questão que muitos empreendedores ainda desconhecem, o pró-labore. Não são somente os funcionários que devem ter um salário fixo de acordo com a função que exercem, mas o dono e os sócios também. E é esse salário do empreendedor que é chamado de pró-labore.

Se você está tentando definir a remuneração de cada membro da sua equipe e o valor do seu próprio pagamento mensal, confira as dicas que vêm a seguir.

Tenha claro que tipo de profissional precisa

Nas primeiras contratações, muitos empreendedores podem se confundir sobre o tipo de profissional que precisam dentro de suas empresas.

Por exemplo, você pode estar pensado que precisa contratar um gerente, que seria um profissional especializado que desenvolve estratégias e tem cerca de cinco anos de mercado, quando, na verdade, precisa mesmo de alguém que o ajude a colocar os planos que já existem em prática e acompanhe o seu desenvolvimento, algo que tem muito mais a ver com um coordenador ou um encarregado.

É claro que o salário de um gerente e o de um coordenador é bastante diferente, assim como o perfil e as tarefas de cada um deles podem ser. Se anunciar a vaga errada, você pode ter de arcar com um salário muito maior do que a real função exige ou ter dificuldades para encontrar o profissional certo, já que a descrição e o salário não vão se encaixar.

O mesmo vale para a determinação da sua função. Mesmo que você acabe fazendo um pouco de tudo, defina qual a área em que você mais atua e que exige mais atenção e descubra em que cargo pode se encaixar, formalmente, no negócio.


Avalie o piso de cada função

Atualmente, a maioria das profissões regulamentadas tem um mínimo que deve ser pago, de acordo com a função e a responsabilidade exigidas, e chamamos esse valor de piso salarial.

Normalmente, o piso salarial de cada profissional pode ser encontrado em sites governamentais ou nos portais dos sindicatos que regulam a função.

Sabendo o piso salarial do funcionário que você deseja contratar ou da função que já exerce dentro da empresa, fica muito mais fácil ter uma base de qual poderá ser o salário.

Pesquise a média do mercado

O piso é um valor mínimo, mas é bacana fazer uma pesquisa para descobrir se o resto do mercado trabalha com salários mais competitivos ou mais próximos dele para que você possa pensar em um valor que seja realmente atrativo.

Na hora de fazer a pesquisa, lembre-se de pesquisar empresas do mesmo porte que a sua e, de preferência, que trabalham no mesmo segmento e tenham o mesmo público-alvo.

Afinal, se você conseguir encontrar pessoas que sejam ótimos profissionais na área em que atuam e que já estejam familiarizadas com o seu mercado, pode garantir que está oferecendo um salário competitivo em relação aos seus concorrentes diretos.

Lembre-se dos tributos

O valor que decidir pagar para os seus funcionários ou retirar mensalmente do caixa em forma de pró-labore não será o único gasto que terá.

Contratar pessoas ou ter uma função administrativa dentro da sua empresa gera outros custos para a empresa, e eles precisam estar dentro do seu planejamento, para garantir que as finanças continuem em dia.

Benefícios como cesta básica, transporte, alimentação, uniforme, plano de saúde, seguros, premiações e comissões também geram custo para o negócio, e, ao desenhar o valor do custo que um funcionário vai custar, é preciso pensar também no valor dos benefícios que vai oferecer.

Há, também, os tributos e encargos sociais, como FGTS, férias e 13º salário. Quem recebe pró-labore também não fica de fora. Entre outros valores, o empreendedor deve fazer pagamentos ao INSS, além de incluir a retirada mensal no seu Imposto de Renda.

Levando esses aspectos em consideração, você vai conseguir definir salários coerentes e atrativos para si mesmo e seus funcionários, garantindo um bom desempenho na sua empresa e a saúde financeira do negócio.

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