Conheça o elemento que determina o que e como os usuários visualizam seus posts
Você tem algumas centenas de amigos no Facebook, curte várias páginas na rede e está em diversos grupos, mas nunca vê o conteúdo que todos publicam.
Ou, então, você tem uma página para sua marca com alguns milhares de seguidores, mas percebe que apenas uma pequena porcentagem dos seus fãs chega a curtir ou mesmo visualizar aquilo que você está postando.
Já se perguntou por que esse tipo de situação acontece na rede social mais popular do mundo?
A escolha do que vemos ou não em nosso feed não é aleatória, mas regida por um algoritmo, e é ele que vamos conhecer a seguir.
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O que é um algoritmo e o que ele faz
O algoritmo é uma espécie de regra criada para atender algumas situações. Por exemplo, vamos imaginar que você é dono de uma lanchonete e está criando uma plataforma de pedidos online para impulsionar as vendas.
O seu desenvolvedor pode sugerir um algoritmo que seja capaz de sugerir produtos complementares para o pedido principal. Pensando nisso, ele cria uma regra que especifica que sempre que um cliente pedir um hambúrguer, ele vai visualizar um pop up com 20% de desconto para comprar batatas fritas para acompanhar o lanche.
Outra regra pode interpretar os pedidos que o consumidor faz com mais frequência e mostrar, no topo da lista, aquilo que mais tem a ver com o seu gosto pessoal. Assim, se você tem um cliente que sempre pede hambúrguer vegetariano, pode criar uma regra para que tudo o que não contenha carne seja mostrado primeiro para ele.
No caso do Facebook, um dos algoritmos é voltado para interpretar o comportamento do usuário e determinar aquilo que ele vai ver primeiro em seu feed de notícias. E é sobre isso que vamos falar a seguir.
O algoritmo do Facebook que controla o que você vê e quem vê você
Não conhecemos 100% sobre como o algoritmo do Facebook funciona, mas existem alguns pontos que sabemos que são reais. Para começar, o algoritmo do Facebook se baseia nas preferências do usuário.
Isso significa que a tecnologia percebe o que e quem você realmente gosta e dá preferência para exibir conteúdo dessas pessoas ou páginas.
Por exemplo, vamos imaginar que, no mesmo dia, você curtiu a página A e a página B. Nas próximas horas, você receberá as últimas publicações dessas páginas e o algoritmo vai analisar a sua atitude em relação a esse conteúdo.
Se você passar a curtir mais posts da página A do que da página B, com o passar do tempo verá, cada vez mais, publicações da primeira página e menos da segunda, porque o algoritmo entende que você tem mais afinidade com os posts da A.
O mesmo acontece com os amigos que você adiciona. Se você quase não se interessa por aquilo que uma pessoa publica, a tendência é que veja cada vez menos posts dela.
O impacto dos algoritmos para quem tem páginas
Como o algoritmo do Facebook é baseado em interação, por um lado ele força as páginas a criarem conteúdo cada vez melhor e mais interativo para que os fãs interajam e continuem visualizando o que sua marca publica.
Isso é algo muito bacana, afinal, quem quer estar em contato e engajar o consumidor precisa, mesmo, estar sempre preocupado com o tipo de material que interessa ao público e trabalhar para criar conteúdo cada vez melhor.
Mas, por outro lado, quem tem uma página pequena e está começando um trabalho de marketing digital na rede de Mark Zuckerberg ainda não tem um público fiel. Isso pode acabar “obrigando” a pessoa a investir em anúncios e publicações patrocinadas para fazer com que mais gente veja o que está postando.
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As últimas mudanças no algoritmo do Facebook
Vira e mexe a rede social muda as configurações dos seus algoritmos. O Facebook sempre afirma que a intenção é melhorar, cada vez mais, a experiência do usuário e entregar mais conteúdo relevante a ele, o que pode ser verdade e é ótimo para quem usa a rede social.
Mas muitas das mudanças prejudicam as páginas e, novamente, as obrigam a investir cada vez mais em publicidade para continuar aparecendo para seus seguidores.
Uma das últimas mudanças significativas noticiadas pela rede aconteceu em junho deste ano. No blog oficial do Facebook, o VP de Gerenciamento de Produto, Adam Mosseri, explicou que um dos novos valores do feed de notícias da rede seria manter o conteúdo de amigos e família (ou seja, perfis pessoais) primeiro. Em segundo e terceiro lugares, o material mostrado deveria servir para informar ou entreter o público.
Como resultado dessa mudança, muitas fanpages (que não são perfis pessoais) tiveram quedas bruscas em seus alcances e números de engajamento.
É fato que o Facebook, que recentemente atingiu a marca de 2 bilhões de usuários, continua sendo uma rede bastante importante para manter contato com potenciais clientes e divulgar sua marca, mas, estando sujeito às mudanças da rede, é importante que o empreendedor esteja atento aos seus resultados e baseie a sua operação em outras plataformas, como um site próprio ou loja virtual.