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Como separar as finanças pessoais da empresa

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Você sabe separar as finanças pessoais e as da sua empresa? Essa é uma das grandes dificuldades que os empreendedores têm enfrentado no dia a dia: o que é conta pessoal e o que faz parte do negócio.

Entender a diferença entre um e outro é muito importante para a saúde financeira do seu empreendimento, pois assim você saberá organizar melhor os ganhos e investir tanto na sua empresa, como na realização de seus sonhos pessoais. 

Por que é importante separar as finanças pessoais da empresa?

A empresa precisa gerar uma renda capaz de pagar as despesas do empreendedor, mas é importante saber até onde as finanças profissionais vão e onde as contas pessoais começam.

Para explicar ainda melhor, precisamos destacar que quando a pessoa tem uma empresa em seu nome ela está exercendo dois papéis diferentes: o de pessoa física e pessoa jurídica. 

É assim que o Governo e a sociedade enxergam pessoas e empresas. Portanto, se há essa diferença de responsabilidades, o mesmo acontece com as finanças. As despesas e os custos de um empreendimento, não devem se misturar com as despesas pessoais.

Quais são as principais despesas de uma pessoa física e jurídica?  Veja na tabela abaixo para que você possa entender melhor como separar: 

Despesas Pessoa Física Despesas / Custos Pessoa Jurídica
Relacionadas à moradia: contas de água, luz, internet, assinaturas, combustível para usar o carro no dia a dia. Os custos de pessoa jurídica são aqueles que irão dar lucro, tais como compras com fornecedores e materiais em si para a sua empresa trabalhar.
Financiamentos de imóvel ou veículo, plano de saúde, gastos escolares (caso tenha filhos) ou faculdade. Gastos com aluguel de espaço físico para a empresa atuar. 

Caso trabalhe em casa, parte do aluguel deve ser pago pela pessoa jurídica, assim como a conta de luz, água e internet. 

Lazer: passeios, alimentação  Se você trabalha com o seu carro, os custos para a empresa incluem:

  • IPVA / DPVAT
  • Combustível
  • Manutenção do veículo (compra de pneus, troca de óleo e etc)

 

Alimentação para a família ou individual: compras de supermercado, feiras e padarias Outros gastos também devem ser considerados em uma empresa: 

  • Custos com envio de mercadorias aos clientes (frete)
  • Gastos de combustível para se locomover até o cliente, entregar mercadorias e etc.
Declarar Imposto de Renda de Pessoa Física, caso seja necessário O principal imposto que uma Pequena e Média Empresa paga é a guia de MEI (já incluso o INSS e outros impostos federais).

É necessário entregar a declaração do MEI anualmente. 

Vantagens de organizar as finanças da empresa

Manter as finanças da empresa organizadas e separadas da vida pessoal, trará muito mais tranquilidade e autonomia na tomada de decisões no dia a dia, já que o empreendedor saberá quando comprar algo, onde investir o seu dinheiro e como essas ações vão impactar no seu orçamento.

Em um mundo altamente tecnológico e informativo, devemos aproveitar essas informações e aplicá-las no negócio para que ele cresça cada vez mais, tornando-se um sucesso em meio a tantos concorrentes. Vamos conferir agora algumas vantagens de organizar as finanças da empresa.

Fluxo de caixa adequado 

O fluxo de caixa de uma empresa é feito da seguinte forma: é necessário identificar e separar as despesas e as receitas do seu negócio e verificar se está obtendo lucro com a venda dos seus produtos e serviços.

Você pode fazer isso no computador através de planilhas e aplicativos. Mas, não basta apenas identificar a receita e a despesa, é preciso também registrar as entradas e saídas de caixa, ou seja, tudo o que for pago com o dinheiro da empresa deve ser anotado.   

É por meio dessa prática que você conseguirá ter um fluxo de caixa adequado e as finanças estarão mais organizadas.

Reforça a credibilidade da empresa

Com a parte financeira  da empresa organizada, você conseguirá manter as compras e pagamentos com os fornecedores, garantindo a entrega das mercadorias aos clientes dentro do prazo, evitando reclamações e desistência da compra.

Diante do mercado e dos consumidores, o seu negócio passará credibilidade, tornando-se uma empresa em que os consumidores podem confiar.

Permite maior assertividade nas decisões da empresa

Quando as finanças estão controladas, você pode fazer planos para investir na sua empresa futuramente, dando-lhe a oportunidade de tomar decisões mais conscientes sobre o seu negócio, e isso trará mais poder de compra diante do mercado.

Tomar decisões assertivas quer dizer que você comprou algo para a sua empresa no momento certo e ao fazer a propaganda da sua empresa aos clientes, a mensagem deve ser clara (isso também é assertividade). 

Avaliação correta das finanças do seu negócio

Avaliar a empresa de um concorrente pode ser fácil, já que estamos de fora do negócio. 

Avaliar a própria empresa com uma visão mais ampla e até mesmo crítica sobre o que pode ser melhorado, é um desafio que todos os empreendedores devem praticar, pois, se você conseguir fazer isso, poderá trazer melhorias incríveis ao seu negócio. 

Redução do risco de endividamento

Lembra quando falamos sobre o fluxo de caixa adequado? Pois ele tem tudo a ver com a redução do risco de endividamento da sua empresa!  Isso acontece porque você entenderá o quanto a sua empresa está faturando de verdade, com números e projeções que trarão mais realidade ao seu negócio.

 Então você saberá o que pode ou não gastar, evitando o endividamento.

Como separar as finanças pessoais das contas da empresa?

Esperamos que até aqui você tenha tirado as suas dúvidas sobre a importância de separar finanças pessoais das contas da empresa. Agora entraremos na parte mais prática de como fazer isso. 

1. Separe as contas bancárias

Se existe uma pessoa física e uma jurídica, então as duas precisam ter contas bancárias separadas para começar.

Tudo o que for relacionado a empresa como os pagamentos investimentos que você fizer, serão contabilizados da sua conta de pessoa jurídica.

E o que for relacionado às despesas pessoais, a conta de pessoa física servirá para cobrir esses gastos.

2. Defina um pró-labore

O pró-labore é o salário que o empreendedor paga a si mesmo. Isso é feito através das finanças da empresa, ou seja, todo mês você deve incluir esse custo para retirar um salário para você usar como quiser em sua vida pessoal.

3. Use a tecnologia como ferramentas de registros

As tecnologias e aplicativos estão aí para serem utilizados e facilitar a nossa vida. É uma forma de otimizar o nosso tempo, já que enquanto cuidamos desses registros diários de entradas e saídas da empresa e outros gastos pessoais do dia a dia, você já economizou um tempinho para cuidar de si no final do expediente.  

Exemplos (apps e sites gratuitos): 

  • Trello: é uma ferramenta que você consegue organizar as tarefas diárias por meio de cards intuitivos e fáceis de manusear. Disponível para computador e celular. 
  • Guiabolso: trata-se de um site e aplicativo que ajuda o usuário a registrar os gastos diários, administrar o seu dinheiro e as finanças da empresa. Vale a pena conferir!
  • Google Agenda: uma ferramenta do Google capaz de organizar os seus compromissos e reuniões diariamente, melhorando a visibilidade das suas tarefas mensais. 

4. Não use receita de negócios para pagar despesas pessoais

Sabemos que pode ser tentador quando a empresa recebe o pagamento de vários clientes ao mesmo tempo e a conta bancária está cheia, logo começamos a pensar em pegar um dinheiro para fazer aquela viagem dos sonhos ou comprar algo tão desejado. 

Mas, a receita do seu negócio serve para pagar as despesas e custos dele mesmo, e claro, para reinvestir o dinheiro na empresa, comprando novos equipamentos (se necessário) e obtendo mais capital de giro para expandir o empreendimento.

5. Tenha uma reserva financeira

A reserva financeira serve tanto para pessoa física quanto jurídica, já que os imprevistos financeiros podem aparecer a qualquer momento! Imagine se no caminho para entregar uma mercadoria ao cliente o seu carro estraga? 

Daí ao levar no conserto, o orçamento fica maior do que o esperado e a empresa não tem essa reserva para cobrir os gastos. Bom, o jeito seria pagar o conserto mas desfalcar um dinheiro que poderia estar sendo empregado em objetivos da empresa. 

Então, a reserva de emergência deve cobrir pelo menos três meses do custo de vida da empresa (e da sua vida pessoal também). Na prática, pode-se começar guardando 10% de tudo o que você ganha em uma conta separada. 

6. Contrate um contador

Mesmo que o pequeno e médio empresário muitas vezes não precise de um contador, é sempre bom poder contar com alguém de confiança da área para te dar uma ajuda quando precisar!

O SEBRAE pode tirar várias dúvidas que você tiver com relação às finanças do seu negócio, mas caso as coisas apertam, não deixe de procurar profissionais de contabilidade de confiança em sua cidade que tenham um preço acessível.

Para te ajudar ainda mais a organizar as finanças do seu negócio de forma assertiva, o UOL Meu Negócio agora tem o curso UOL EdTech Excel Relatórios Gerenciais, cujo autor é André Manzano. 

Uma novidade que auxilia no aumento de conhecimento para que seja aplicado em sua empresa. Você não pode deixar de conferir!

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