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Especial Semana da Mulher – 4 lojas virtuais fundadas por mulheres para você se inspirar

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De chefes de estado a presidentes de multinacionais, você já deve ter reparado que as mulheres cada vez mais estão ocupando os espaços que merecem no mercado de trabalho e na sociedade.

E no mundo do empreendedorismo não é diferente. De acordo com pesquisa da Global Entrepreneurship Monitor (GEM), as mulheres lideram a abertura de novos negócios no país. Dos empreendedores que têm menos de três anos e meio de atividade, 52% são mulheres.

Na Semana das Mulheres, buscamos 4 histórias de empreendedorismo feminino para inspirar nossas leitoras a irem em busca do sucesso. Confira:

Tânia Gomes Luz, 33 e 34

O e-commerce de calçados surgiu do cansaço de Tânia em procurar por sapatos de sua preferência e, principalmente, que correspondessem a sua numeração: 33.

“Sempre acreditei que o e-commerce de nicho é um dos melhores modelos de negócios”, revela Tânia. E foi no nicho das “moças de pés pequenos” que ela mirou e acertou.

Em suas pesquisas, ela descobriu que 5 milhões de mulheres usam 33 ou 34 no país, um ótimo mercado a ser explorado.

Para colocar no ar a loja 33e34.com.br, Tânia teve a ajuda do investidor anjo João Kepler, que aplicou na estruturação do projeto e captou um investimento de 300 mil reais.

“Para ter sucesso, busque referências boas fora do lugar comum. Fazer exatamente o mesmo que todos os e-commerces brasileiros fazem vai trazer resultados semelhantes. Mas se inspirar no que existe de melhor no mundo é elevar o padrão local”, aconselha a empreendedora.

Hoje, o site, que está no ar há pouco mais de um mês, recebe 5 mil visitas únicas por dia, com boas taxas de desempenho.

“O tempo médio das visitas é de 5 minutos. Com boas opções de fotos no site,  a cliente  navega por um tempo maior, para poder avaliar detalhes importantes. Além disso,  ela visita quase 5 páginas”, explica a empreendedora.

Com mais de 1500 fãs nas redes sociais conquistados organicamente em um curto período (elas estão desde o começo de 2015 no ar), Tânia planeja investir, em breve, em um clube de benefícios exclusivo para os fãs do Facebook.

“A ideia é oferecer benefícios exclusivos, gift cards e sorteios de produtos para nossas fãs”, conta Tânia.

Cintia Tominaga e Natália Macedo, Ballerini

À esq. Natália Macedo e à dir. Cintia Tominaga 

As sócias Cintia Tominaga e Natália Macedo também apostaram no segmento dos calçados. Mas dessa vez, o público escolhido foi as adoradoras de sapatilhas.

A ideia de criar uma loja exclusiva para esse modelo de calçado veio depois que Cintia foi fazer uma pós-graduação na Itália e, por lá, só se locomovia a pé. Ela então percebeu que, além de bonitas, as sapatilhas eram super confortáveis.

O passo inicial do projeto foi uma campanha no site colaborativo Catarse, que levantou aproximadamente 17 mil reais de capital inicial para o negócio.

Outra inovação da loja é que ela oferece às clientes a possibilidade de provar os sapatos em casa. Isso se dá por meio da Happy Box, uma caixa com, no máximo, nove pares de sapatilhas que é entregue em domicílio.

A cliente tem até 24 horas para tomar sua decisão. Encerrado o prazo para experimentar as sapatilhas, a caixa é recolhida e a cliente paga por aquelas que ela quer adquirir.

“A taxa de conversão desse produto é de 98%, ou seja, quase todas as clientes que provam, compram. E o tíquete-médio das caixas é 3 vezes maior que os das compras realizadas pelo site”, conta Cintia Tominaga.

A empresa ainda faz um trabalho social doando sapatos usados para a ONG Amparo Maternal, que ajuda mulheres grávidas em situação de risco.

“A Ballerini é fruto da nova geração de empreendedores afiados e bem preparados que fazem questão de diversão, paixão e valor social e econômico por trás de tudo o que fazem”, avalia Cintia.

Com pouco mais de um ano de atuação no e-commerce, as empreendedoras planejam abrir uma loja física em 2016, diante da boa resposta que vêm recebendo de suas clientes.

“Constatamos com pesquisas pós-venda que 96% das nossas clientes estão supersatisfeitas com o produto, além disso, temos um índice de 40% de recompra, ou seja, clientes que voltam para uma segunda compra”, conta Cintia


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Carolina Lima e Alana Lourenço, Prapreta

À esq. Alana Lourenço e à dir. Carolina Lima

Por ter dificuldades para achar produtos para mulheres negras, Carolina Lima resolveu abrir, com sua sócia Alana Lourenço, a Prapreta, e-commerce que vende cosméticos focados nas necessidades desse público.

Para se diferenciar da concorrência, a dupla buscou orientações gratuitas junto ao Sebrae-SP.

“Desenvolvemos nosso plano de negócios e buscamos orientação com quem já entendia do assunto. Negócio é planejamento e gestão”, ressalta Carolina.

A opção por uma loja virtual, e não física, também foi baseada em estudos e estratégias. “Observamos a intensa expansão do comércio eletrônico nos últimos anos. As pessoas querem facilidade, comprar sem fila e sem sair de casa. Com a loja virtual atendemos clientes de norte a sul do Brasil”, explica.

Uma das estratégias usadas para chegar mais depressa ao público foi a forte atuação nas redes sociais. Foi no Facebook, aliás, que elas conseguiram novas clientes, divulgando conteúdo relacionado ao universo da mulher negra, prestando um serviço ao seu público-alvo. Hoje, a página da loja conta com 12 mil fãs.

A loja está atualmente em seu terceiro trimestre de atividade e registra altos índices de crescimento. “No comparativo entre o primeiro e o terceiro semestre de atividade, o crescimento de clientes foi de 148%. Já o de número de vendas e pedidos foi de 122%”, revela Carolina.

Shirley, Catherine e Louise Vasconcelos, Rush Praia

Da esq. para a dir: Louise, Shirley e Catherine Vasconcelos

Com 18 anos de experiência no mercado físico, a Rush Praia percebeu, há dois anos, que podia aumentar a sua clientela se investisse no e-commerce.

Começamos a sentir o aumento da demanda de nossos produtos em outros estados. Nossa empresa é pernambucana e só fabricamos e vendemos para nossas lojas próprias. Por isso, a loja virtual foi uma ferramenta rápida e eficiente para que atendêssemos todo o Brasil”, lembra Catherine, filha de Shirley Vasconcelos, que fundou a marca.

Para a demanda aumentar, elas tiveram o apoio de blogueiras com forte nome no mundo da moda. Essa é uma estratégia de marketing que envolve tanto a loja virtual quanto a loja física”, conta a empreendedora.

Ao ter as peças divulgadas na internet, o nome da marca ficou conhecido nacionalmente e, consequentemente, a demanda de pedidos cresceu. “O investimento para a abertura da loja virtual foi de 15 mil reais. Hoje ela representa 15% das vendas da marca”, conta Catherine.

Hoje a marca conta com três lojas físicas no estado de Pernambuco, vende suas peças em uma multimarca de Fernando de Noronha, além da loja virtual que atende todo Brasil. A marca vende produtos em Miami, África, Austrália e Espanha.

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