Para começo de conversa, esqueça aquela imagem de vilão que você faz de um hacker. Na verdade, essas pessoas nada mais são do que profissionais (ou não) que manjam muito de programação e conseguem descobrir atalhos e brechas em sistemas.
Como tudo nessa vida, sempre tem aquele que usa esse poder para o “mal”, invadindo sites, alterando conteúdos, roubando senhas e espalhando vírus. Daí que vem a má fama dos hackers.
Desmistificado isso, voltemos ao tema central desse texto: o growth hacking. A técnica ainda está engatinhando no Brasil, mas lá fora, especialmente no Vale do Silício, região dos EUA que é berço da inovação tecnológica, a prática já vem se espalhando há algum tempo.
Hackers que pensam fora da caixa – ou fora das telas – criam estratégias para divulgar a empresa e fazê-la crescer mais rapidamente. Eles unem técnicas de marketing com programação e muita criatividade e vão encontrando caminhos para aumentar a presença digital da empresa e acelerar o desenvolvimento e os negócios. E o melhor, sem gastar quase nada.
Na busca por atalhos para o crescimento, os “growth hackers” usam testes A/B, landing pages, virais, e-mails, ações de seeding, redes sociais e procuram brechas e oportunidades para fazer a empresa aparecer mais e conquistar mais clientes.
O Airbnb, site que reúne locatários de residências temporárias com locadores, apostou no growth hacking ao integrar seu site a rede de anúncios gratuitos Craigslist para conseguir novos usuários e tráfego. A ação funcionou mais ou menos assim: um usuário, ao postar no Airbnb, tinha a opção de ter seu anúncio automaticamente publicado também na Craiglist.
Assim, quando um visitante dos classificados online se interessava por uma oferta de hospedagem que havia sido compartilhada na Craiglist, ao clicar no anúncio era redirecionado para a página do Airbnb.
A ideia foi genial e fez o Airbnb multiplicar o número de visitas em pouco tempo. O growth hacker que pensou nisso muito provavelmente entendia um pouco de programação, de marketing, conhecia bem o seu público-alvo e não teve medo de inovar e arriscar.
Não há fórmulas definidas para esse tipo de trabalho, assim como também não há um perfil exato para esse profissional. O que se sabe de fato é que a técnica funciona e que ela está se espalhando.
Portanto, vale a pena ficar atento a essa tendência e, quem sabe, tentar tirar proveito dela. Por isso, olho no lance!