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Quanto ganha um fotógrafo? Aprenda a cobrar pelo seu trabalho

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Cobre o valor justo e faça seu trabalho ser valorizado

Quem quer trabalhar com fotografia ou está se preparando para iniciar na profissão normalmente se pergunta como é a prática do trabalho, quais são os prós e contras de investir nessa carreira, como poderá se destacar da concorrência e, também, quanto ganha um fotógrafo.

Se você está considerando trabalhar com fotografia ou mesmo abrir um negócio de foto, veja quanto ganha um fotógrafo e como você pode cobrar por seu trabalho para fazer o seu próprio salário.

Quais os fatores que influenciam o salário de um fotógrafo

A verdade é que existem muitas variáveis que determinam quanto um fotógrafo ganha, as principais são:

1. Tipo de público

Os valores de salário de um fotógrafo também são determinados pelo tipo de público ao qual ele se dedica a atender.

Se trabalha com uma classe social mais privilegiada, o fotógrafo costuma elevar os valores, mas pode ter uma demanda menor de trabalho. Por outro lado, se comercializa seus serviços para as classes média e baixa, o ideal é que também acompanhe o poder aquisitivo que também é menor, mas pode conquistar um número maior de clientes.

2. Área de atuação

A fotografia tem áreas muitos diferentes e, por conta disso, a remuneração de cada uma delas também pode ser bem distinta. Um fotógrafo de produtos, por exemplo, dificilmente terá o mesmo salário que um fotógrafo de moda, e nenhum desses dois deve ganhar o mesmo que um fotógrafo de casamentos. E isso não acontece porque uma área de atuação é melhor que a outra, mas simplesmente porque são trabalhos diferentes.

Nesse sentido há, também, o fator de tendência. Algumas vezes, uma área ou tipo de serviço está mais aquecido que o outro, então o salário de um fotógrafo que atua no ramo pode subir, principalmente se ele trabalha por conta própria e tem maior flexibilidade para reajustar os preços.

3. Tipo de contratação

Também há diferenciações no regime de contratação das empresas. As que recrutam os fotógrafos como freelancers ou PJ podem pagar valores um pouco mais altos do que pagam para aqueles que são CLT, visto que este último regime gera outros encargos para a empresa, além do salário.

Por isso é bem comum haver discrepâncias entre a remuneração mensal de um fotógrafo que trabalha como funcionário fixo, um freelancer e um empreendedor.

4. Habilidade para negociação

Além de profissional, o fotógrafo também precisa ser um ótimo negociante, principalmente se for empreendedor, porque isso é fundamental para que possa equilibrar seus ganhos e suas despesas e, com isso, ter um salário mensal melhor.

Por exemplo, se ele consegue negociar preços mais atrativos com seus fornecedores, aumenta sua margem de lucro. Se um cliente pede desconto, ele sabe bem até onde pode chegar e que pode usar técnicas como oferecer uma condição especial se o cliente fechar mais de um serviço.

5. Experiência

A experiência é outro fator decisivo para avaliar quanto ganha um fotógrafo. Naturalmente, o salário de um fotógrafo que têm mais experiência, é mais reconhecido no mercado e conhecido pelo público  é maior.

Mas isso não pode te desanimar. Ainda que no começo da carreira você tenha uma remuneração mais modesta, com o tempo será capaz de fortalecer o seu nome, conquistar mais trabalhos e aumentar o seu salário.  

>> Confira aqui como montar um orçamento e uma tabela de preços de fotografia


Como precificar seu trabalho e montar um orçamento

Muitos profissionais, mesmo aqueles que já têm alguns anos de carreira, podem encontrar muita dificuldade em precificar o seu trabalho. E eles não estão sozinhos, essa é uma reclamação bem comum dos empreendedores que trabalham com serviço!

Mas essa etapa é fundamental para definir qual será o seu salário como fotógrafo e precisa ser definida com muito cuidado.

Isso porque cobrar corretamente é fundamental, se você quiser garantir a sua estabilidade financeira e fazer a sua empresa prosperar. Se essa conta não é feita da forma certa, você pode acabar cobrando mais barato por seus serviços do que eles custam, de fato. Ou seja, terminar pagando para trabalhar. E nenhum profissional consegue crescer financeiramente dessa forma, não é mesmo?

Confira algumas dicas que você pode considerar na hora de colocar preço em seus serviços.

Total de custos: um bom começo na hora de definir preços e avaliar os custos. Se você vai fazer a edição de fotos para um cliente, pergunte-se quanto custa a licença do software que vai usar, os cursos que precisou fazer para aprender a utilizar o programa, o valor da internet, eletricidade que vai usar enquanto trabalha e todos os outros elementos necessários para realizar o trabalho.

Sua pretensão salarial: outra dica para determinar os seus preços é calcular quanto você deseja ganhar dentro de um período. Vale lembrar que o seu salário é aquilo que sobra depois de tirar todos os custos operacionais do negócio e, sempre que possível, um valor de capital de giro para manter a empresa. Sabendo qual é sua pretensão salarial, calcule quantos dias ou horas você pretende trabalhar e imputa esse valor nos seus serviços. 

Hora de trabalho: uma boa forma de cobrar por seu trabalho como fotógrafo é definir o valor da sua hora de trabalho. Essa conta funciona bem se todos os tipos de serviço que você oferece demandam os mesmos equipamentos e a mesma força de trabalho. Por exemplo, no caso da cobertura de um evento você pode estabelecer um valor por hora e fechar o orçamento de acordo com o tempo que o cliente precise que você esteja por lá.

Concorrência: você também pode acertar os seus valores fazendo uma média do que a concorrência cobra. Aqui vale a pena reforçar que estamos falando apenas da sua concorrência direta, ou seja, empresas e profissionais que têm o mesmo nível de especialização que você, atendem o mesmo público e oferecem serviços semelhantes.

Equipamento: você também pode cobrar preços conforme o equipamento que está utilizando. Isso acontece bastante quando são usados equipamentos como drones, que têm um custo elevado e oferecem uma experiência bastante diferente das câmeras fotográficas comuns. Para as fotos que são altamente editadas e manipuladas, você também pode cobrar um valor diferente.

Depreciação: quando falamos em equipamentos não podemos deixar de mencionar, também, o valor da depreciação, ou seja, o custo de reposição de ferramentas de trabalho que precisarão ser trocadas no futuro. Se você já percebeu que precisa trocar de câmera, mais ou menos, a cada 3 anos e uma nova máquina fotográfica custa por volta de R$ 6 mil, então o ideal é que você guarde cerca de R$ 167 reais por mês para que, ao fim dos 3 anos tenha dinheiro para comprar uma câmera nova sem comprometer o seu caixa.

Capital de giro: na hora de precificar o seu trabalho é importante considerar, também, que além de cobrir os custos e tirar o equivalente ao seu salário, é importante que sobre um valor de capital de giro para investir na empresa.

Deslocamento e alimentação: esses são itens que os fotógrafos podem embutir no preço do serviço ou cobrar à parte. O custo do trajeto pode ser incluído sempre que o trabalho em questão for feito em uma locação específica, e não no estúdio onde o profissional costuma atender. Já a alimentação pode ser necessária quando o trabalho for muito longo e exigir pausa para fazer uma refeição.

Hospedagem: hoje é muito comum fazer ensaios na praia, no campo e em locais que estão fora da cidade, ou até mesmo do país de origem do fotógrafo. Nesses casos, além do transporte e da alimentação, o profissional pode cobrar, também, o custo de sua hospedagem.

>> Ter pacotes e serviços personalizados pode ajudar muito a conquistar o cliente, veja aqui como fazer isso!

Depois que tiver formalizado o preço dos seus serviços, os fotógrafos podem montar pacotes que ajudam os clientes a escolher os serviços que mais atendem às suas necessidades e aumentam o ticket médio.

Por exemplo, vamos imaginar que decidiu cobrar R$ 1.200 por 4 horas de cobertura de um casamento, R$ 400 para um making of da preparação dos noivos e R$ 300 para um ensaio pré-wedding. A contratação dos três serviços separadamente totalizaria R$ 1.900, mas ela quase nunca acontece.

Uma opção pode ser fechar um pacote com os três serviços por R$1.700, por exemplo. Isso deve estimular os compradores a fechar um pacote com mais itens, em vez de contratar apenas um.

Quanto ganha um fotógrafo

Agora você já tem uma ideia melhor de como cobrar por seus serviços de fotografia e criar oportunidades para ter um salário de fotógrafo atrativo. Mas, afinal, quanto ganha um fotógrafo profissional?

A verdade é que é difícil precisar o valor, mas existem algumas bases de cálculo feitas por órgãos ligados à fotografia que podem servir de base para ter uma ideia de quanto ganha um fotógrafo. Salário é algo bastante difícil de precisar, mas é possível consultando alguns orgãos da categoria.

O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Foto-Imagem (Sindefoto) divulgou em uma circular que o piso salarial de um fotógrafo é de R$ 1.333,76. Outros cargos ligados à fotografia, como laborista, revelador e impressor fotográfico têm o mesmo piso.

É bom lembrar que o piso salarial é um valor base para a remuneração, ou seja, é o mínimo que um profissional da área pode receber atuando como funcionário de uma empresa e, como já dissemos anteriormente, existem muitos fatores e particularidades que podem elevar ou reduzir os ganhos de um fotógrafo.

Todas essas dicas servem apenas para que você tenha algumas ideias de como pode cobrar por seus serviços de fotografia, mas não funcionam como regra. O ideal, mesmo, é avaliar cada uma delas e escolher quais são os parâmetros que se encaixam no seu caso.

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