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Segunda Tela: o futuro do e-commerce na palma das mãos

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Entenda como estar em multiplas telas pode ajudar você a vender mais.

Alguma vez você já assistiu televisão comentando com os amigos, nas redes sociais, o que via naquele exato momento na tela? Você não está sozinho. Essa é uma grande tendência que vem ganhando cada vez mais espaço entre internautas e empresas que já perceberam que não podem perder esse filão.

Graças aos dispositivos móveis, que estão cada vez mais populares e poderosos, os usuários se tornaram multitarefa. Atualmente, a TV já não detém mais 100% da atenção do seu público e a forma como as informações são consumidas mudou. De acordo com pesquisa feita pela Nielsen Company, 70% dos usuários de tablets usam o aparelho enquanto estão assistindo TV.

Já não é mais possível falar em monopólio da informação, nem tampouco de exclusividade de atenção. Da mesma maneira que grupos de amigos sentados em uma mesma mesa de bar dividem os olhares entre conversas e celulares, a televisão também não consegue mais ser o centro das atenções.

Esse fenômeno de interação envolvendo mais de um recurso tecnológico recebe o nome de Segunda Tela. “O termo é usado para se referir ao fato do usuário estar assistindo TV e, ao mesmo tempo, usar algum dispositivo móvel com o objetivo de interagir com o conteúdo que está assistindo”, explica Fernanda Musardo, conselheira de negócios online na Musardo’s Consultoria Digital, e especialista em redes sociais e inovação.

Cenário propício

Essa nova “mania” tem total ligação com o aumento do acesso à banda larga no Brasil. No último ano, o número de brasileiros com acesso a web chegou a 105 milhões, segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com a Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil), a banda larga nacional teve uma expansão de mais de seis vezes nos últimos cinco anos. Enquanto a banda larga móvel – 3G e 4G – cresceu 69% em 2013, em comparação a 2012.

Esse avanço na infraestrutura vem acompanhado de uma mudança de comportamento. Os adeptos às redes sociais já as utilizam como uma extensão dos programas de televisão. Dados do eMarketer mostram que cerca de 13% dos usuários do Facebook comentam o que estão assistindo, outros 13% compartilham o conteúdo e ainda 6% comentam sobre os personagens da trama.

Para constatar isso, basta olhar um pouco para trás e relembrar que, durante os Jogos da Copa do Mundo, as pessoas assistiam às partidas comentando cada lance nas redes sociais.

Segundo Breno Soutto, coordenador de Inteligência de Mercado da E.Life, somente durante a final da Copa do Mundo, foram registrados mais de 4,8 milhões de depoimentos no Twitter. “Isso só no Brasil”, revela.

Essa tendência pode ser explorada de várias formas ? inclusive para vender mais para esses potenciais consumidores.  

A segunda tela influencia muito no poder de compra do usuário conectado, porque dá a ele mais informação, além da possibilidade de troca de ideias, criando um universo favorável entre o anunciante e o cliente final”, salienta Fernanda.


Empresas que já deram o primeiro passo

A Second Screen, como é conhecida lá fora, abre um leque de possibilidades para o engajamento de clientes. Um bom exemplo é um projeto piloto do site de leilão eBay, que vem sendo testado desde março de 2012.

A empresa lançou um aplicativo que permite às pessoas comprarem itens relacionados com os programas de TV que estão assistindo. O app leva em consideração o CEP do internauta e o que ele está assistindo e apresenta produtos que possam interessar ao consumidor.

Para deixar mais claro, vamos usar um cenário hipotético. Se esse app funcionasse no Brasil, ele poderia, por exemplo, apresentar ao espectador da novela das nove, por exemplo, onde encontrar próximo a ele, o famoso esmalte azul da Giovana Antonneli.

Por aqui, a prática de uso de aplicativos de segunda tela ainda está engatinhando. Recentemente, a TV Globo lançou o programa SuperStar, atração musical na qual o jurado dos calouros é o telespectador. Diversas bandas se apresentam no palco do programa e para que elas sejam classificadas para a próxima fase, é preciso que o público vote. Mas essa votação tem prazo determinado (e bem curto): é preciso dar o voto, por meio do aplicativo mobile do programa, durante a apresentação ao vivo da banda.

Apesar do pioneirismo, o modelo ainda tem falhas. Na estreia do programa, as redes sociais lotaram de comentários negativos de internautas relatando problemas no funcionamento do aplicativo. “O caso da Rede Globo foi uma tentativa, mas ainda não está redondidnha”, avalia Fernanda. Muitos fãs contestaram dizendo que suas bandas foram prejudicadas porque as falhas no aplicativo não permitiam que o voto fosse dado em tempo hábil.

Atalho para a segunda tela

Embora aplicativos como os citados acima sejam maneiras eficientes e inteligentes de aproveitar a tendência, há exemplos mais simples e eficientes de uso da segunda tela relacionado a loja virtual.

Um exemplo de empresa que sabe utilizar bem as redes sociais como segunda tela para se promover é o Ponto Frio. Por meio de seu personagem, o Pinguim, a marca aproveita programas e assuntos comentados na televisão para casar uma oferta bacana dentre os seus produtos.

“Vejo histórias de empresas gastando fortunas para fazer apps que sincronizam o que está passando na TV com o seu conteúdo. Isso tudo é muito legal, mas o Twitter e o Facebook fazem esse papel de maneira muito mais profunda e espontânea, sem que a pessoa precise mudar seus hábitos”, avalia Ricardo Fiorotto, diretor de convergência da Editora Globo.

Segundo os especialistas, para ter resultado, é preciso dialogar com o cliente. E essa é uma oportunidade para as marcas se humanizarem e mostrarem que não estão nas redes sociais apenas para se autopromoverem, mas, sobretudo, para entrar na conversa.

O desafio maior, na realidade, é conseguir a atenção do consumidor, que agora está dividida entre diversas plataformas. Para isso, é preciso pensar em uma estratégia integrada, que consiga impactar o cliente em 360 graus.

“A chave para a venda é impactar o internauta de maneira positiva e não abusiva, de uma maneira que ele sinta que está ouvindo e dividindo uma história com a marca, através das telas”, ressalta Fiorotto.

O fato é que será difícil escapar dessa realidade. Quem quiser se dar bem com o consumidor, terá que estar presente na segunda, na terceira e em quantas novas telas fizerem parte da sua rotina.

“Oferecer seus produtos e serviços a qualquer momento em qualquer tela é o futuro. Não usar a segunda tela como maneira de ampliar os negócios será difícil de imaginar”, projeta Fernanda. 

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