Tome estes cuidados e saia na frente dos seus concorrentes.
O caminho para quem quer montar uma loja virtual de sucesso não é só feito de flores. Que o diga o paulistano Marcio Kumruian, fundador da bilionária loja de artigos esportivos Netshoes.
Logo que a loja iniciou as vendas pela internet, em meados dos anos 2000, o empreendedor enfrentou uma situação tensa.
Ele estava no caixa da loja física da empresa quando um pedido chegou à caixa de e-mails. Imediatamente, ele olhou para a cliente poucos metros a sua frente e viu que ela experimentava o par que acabava de ter sido vendido online.
Kumruian não teve dúvida. Chamou o vendedor e disse: “Convença a cliente a não levar aquele sapato!”. No fim, deu tudo certo. Ela escolheu outro modelo e a entrega online foi realizada.
Hoje ele dá risada ao lembrar a situação, mas aprendeu, por linhas tortas, uma importante lição do comércio eletrônico: um bom controle de estoque é fundamental para evitar dores de cabeça.
Confira algumas precauções que toda loja virtual deve tomar para evitar situações como esta:
1. Tenha sempre o produto em estoque para entregar
Atrair o cliente e convencê-lo a comprar o seu produto não foi nada fácil, né? Imagine então ter que contar para ele que o produto que ele comprou não está disponível em estoque.
Isso pode ocorrer com frequência com empresas que possuem também lojas físicas e compartilham o estoque para as vendas realizadas pelos dois canais.
Para se prevenir dessa falha, é fundamental ter um bom controle de estoque. Uma solução simples é separar o acervo de produtos a serem oferecidos em cada meio. Ter um software que permita fazer o controle integrado é outra alternativa.
2. Cumpra o tempo estimado de entrega à risca
Lembra-se daquele ditado “promessa é dívida”? No caso de uma loja virtual, promessa pode facilmente se transformar em dor de cabeça e prejuízo.
Se na hora da venda a sua loja informou que o produto demoraria certo período para ser entregue, é fundamental cumpri-lo.
Se esse prazo não for respeitado, o cliente ficará insatisfeito. Na melhor das hipóteses, você terá uma central de atendimento sobrecarregada. Na pior, compra cancelada, produto devolvido e reclamações em órgãos de defesa do consumidor.
Melhor prevenir que remediar, certo? Coloque uma margem de erro sobre o prazo de envio informado e tenha acordos de garantia de entrega com os fornecedores.
3. Tenha sempre uma alternativa aos Correios na manga
Quando o assunto é entregas, nenhuma empresa de logística vai tão longe quanto os Correios, que chega a qualquer cidadezinha ou vilarejo do Brasil. Por isso, o serviço é o mais utilizado por empresas de comércio eletrônico.
Mas, como nem tudo é perfeito, de tempos em tempos os funcionários entram em greve e as entregas param.
A solução é procurar proativamente os clientes para esclarecer a situação. Um e-mail ou até um telefonema podem acalmar os consumidores que aguardam ansiosos a entrega dos seus produtos. Transparência é a palavra de ordem.
Se for possível buscar meios de entrega alternativos, como outras transportadoras e serviços de motoboy, não economize esforços.
4. Zele pela sua reputação
Muitos consumidores – especialmente aqueles que já enfrentam problemas com compras feitas pela internet – consultam a nota ou avaliação de uma loja antes de fechar a compra em sites como o Reclame Aqui ou o eBit.
Se sua loja não responde aos clientes e acumula muitas reclamações, pode ir rapidamente para o buraco. Por isso, capriche sempre no atendimento e trate o cliente com atenção e respeito – antes que seja tarde demais.
Quando pintar uma reclamação em sites deste tipo, não deixe de resolvê-la. A taxa de resposta impacta na avaliação final.
5. Muito cuidado para não entregar o produto errado
Feliz da vida que sua entrega chegou, o cliente abre a embalagem e – pam! – produto errado! Se isso é frustrante para você – que vai ter que se encarregar dos custos para efetuar a troca -, imagine para o coitado do cliente que encomendou uma TV e acabou com uma frigideira.
Tenha bons canais para atendê-lo e resolver o mais rápido possível a situação, minimizando os danos colaterais.
Se isso está acontecendo com frequência, está na hora de rever seus processos de distribuição e investir em treinamento de funcionários.