Se você tem uma loja virtual ou está planejando abrir uma, sabe o quanto é importante conhecer os concorrentes e saber quais são suas qualidades e pontos fracos.
O que muita gente não se dá conta é que essas são características que seguem mudando com o passar do tempo, e, por isso, devem ser analisadas com regularidade. Pode ser semanal, trimestral ou semestral, dependendo do tipo de concorrente que está sendo analisado.
Saiba como organizar a análise da concorrência e fazer dessa atividade uma rotina em sua empresa.
1) Defina os concorrentes
Você deve estar atento aos concorrentes específicos – aqueles que usam as mesmas palavras, as mesmas ofertas, que são obviamente opções diferentes de lojas para o mesmo produto que você vende. Experimente fazer uma lista deles com até dez empresas e organize-as em uma planilha.
Em outra, crie uma lista mais ampla, onde você incluirá os concorrentes mais gerais: grandes magazines que também vendem produtos que você vende, empresas que vendam produtos que servem como substitutos dos seus, mas que propõem o consumo mais (ou menos) ecológico, natural, intelectual e assim por diante.
2) Busque inspiração em outros mercados
Dê-se um tempo para pesquisar e liste, também, empresas de outros países (tanto as óbvias quanto as menos conhecidas) que tenham um mix de produtos semelhante ao seu. Para encontrar as empresas menos conhecidas, experimente buscar por palavras-chaves em outras línguas e navegar por blogs internacionais bacanas e associações de classe.
3) Envolva-se com eles
Com a lista de concorrentes diretos e indiretos e de inspirações em mãos, você deve se envolver com eles, conhecê-los melhor. Claro que você não fará isso com todos, mas escolha, por exemplo, os três principais em cada categoria.
Navegue pelos sites das lojas, anote tudo o que encontrar de interessante e, principalmente, atribua notas de 0 a 10 a elas considerando as seguintes categorias: mix de produtos, atendimento ao consumidor, preço, opções e custos de entrega, beleza e navegabilidade intuitiva pelo site, presença em redes sociais, e-mail marketing, propagandas, alternativas de pagamento e por aí vai. Assim, você saberá quem se destaca na nota geral e também em cada categoria.
4) Seja o consumidor
Para conhecer bem os concorrentes diretos, uma boa estratégia é entrar nas lojas e comprar, passando por todas as seções, páginas de apresentação, testando o sistema (inclusive usando o atendimento ao cliente, as buscas… tudo) e identificando as estratégias adotadas nas mesmas categorias indicadas acima.
5) Reconheça o ótimo, o ruim e o que poderia ser melhor
Identifique (pelo menos com relação aos concorrentes) o que eles fazem de melhor, de pior e o que, inexplicavelmente, eles poderiam fazer melhor, mas não fazem. É nessas áreas que você deve trabalhar para ser sempre melhor que eles.
6) Restrinja o alvo e planeje a ação
Supondo, então, que você tem agora três planilhas e uma média de 30 empresas para acompanhar, respire fundo! Agora some as notas que deu a cada uma delas e vai ver como tudo ficará mais claro: os 3 a 5 concorrentes diretos que pontuarem mais são os concorrentes nos quais você deve prestar mais atenção todos os dias; as 3 concorrentes de mercados mais gerais (grandes magazines e empresas que vendem produtos que podem substituir os seus) são as empresas que compõem o seu mercado macro, e você deve estar atento ao posicionamento delas porque, mais do que roubarem seus consumidores, elas têm poder de moldar seus hábitos. Por fim, as 3 inspirações devem ser analisadas como cases dentro do que elas fazem de melhor.
Gostou da técnica? Que tal colocá-la em prática?