Confira quais são os elementos que você deve considerar se quiser se posicionar melhor no Google
O SEO (Search Engine Optimization) é uma preocupação de todas as marcas que estão na internet e querem ser encontradas pelo consumidor. Em resumo, essa sigla representa um conjunto de estratégias e táticas para que um site se posicione melhor nos mecanismos de busca, como o Google e, assim, consiga atrair a atenção dos clientes.
Quando você acessa o Google e pesquisa por “convite de casamento”, pode ter certeza de que os primeiros resultados que aparecem não deram nenhum tipo de “jeitinho” nem fizeram milagre para estar ali. Eles trabalharam muito duro em estratégias de SEO para conquistar um bom posicionamento e continuam se esforçando para isso.
Para se ter uma ideia, de acordo com uma pesquisa do Advanced Web Ranking, o site que aparece na primeira posição na página do Google tem uma taxa de cliques de 34,3% em desktop e 31,3% em dispositivos mobile, como smartphones e tablets.
Quem também quer chamar a atenção do visitante e atrair mais cliques precisa estar focado nas boas práticas de SEO, que contemplam desde a escolha da hospedagem até a redação de conteúdo para o site. Vamos ver algumas delas?!
>> SEO não está funcionando na sua loja? Veja aqui o porquê!
SEO do código ao conteúdo: o que sabemos que dá certo
Em um primeiro momento, quando o site ainda está sendo construído, é necessário se preocupar em manter as linhas de código limpas e organizadas. Isso porque é preciso deixar claro para o usuário (e para o sistema do Google que analisa seu site para determinar o seu posicionamento) qual é a lógica de navegação do seu site.
A hospedagem também deve ter recursos suficientes para carregar o conteúdo das suas páginas sem demora. Afinal, toda as boas práticas de SEO buscam melhorar a experiência do consumidor, e sites lentos com páginas que demoram a carregar não deixam nenhum usuário feliz.
Quando começar a incluir páginas e menus no seu site, é preciso lembrar, também,de organizar o conteúdo de forma que seja simples para o visitante identificar qual o caminho que ele deve fazer para chegar aonde deseja, seja um texto ou uma página de produto.
Também sabemos que os links nos textos são muito importantes para obter bons resultados de SEO.
A linkagem interna, entre as páginas do seu site, ajuda a manter o visitante mais tempo dentro do site, e a externa (ou backlinks), quando outras páginas citam você, colabora com a sua autoridade e mostra para o Google que você está sendo citado como referência no assunto.
De tempos em tempos, os buscadores, sobretudo o Google, atualizam as exigências de SEO de acordo com as mudanças tecnológicas e de comportamento do usuário.
Um dos últimos exemplos foi o fato de o uso de certificado SSL ter se tornado praticamente obrigatório, uma vez que o Google decidiu rotular os sites que não possuíam o certificado como sites não seguros.
>> Quer saber mais? Leia o artigo Por que ter certificado SSL é importante para a busca orgânica
LE algumas pesquisas indicam que novas tendências para SEO estão vindo com tudo e devem se tornar pontos decisivos para quem deseja melhorar seu ranqueamento no Google e sair na frente da concorrência. Veja, a seguir, algumas delas.
SEO local: foco em quem está perto de você
Quando trabalhamos SEO, geralmente, o objetivo principal é apenas ranquear melhor no Google para atrair mais cliques e, consequentemente, mais vendas online. No entanto, um bom posicionamento não impacta apenas no mundo virtual.
Uma pesquisa do Google já tinha demonstrado que cerca de 74% dos compradores pesquisava na internet mesmo que já estivessem decididos a comprar em uma loja física. E dados recentes mostram que, além de buscar online, os consumidores estão procurando por lojas que estejam perto deles fisicamente.
No ano passado, o Google identificou que 30% das pesquisas feitas em dispositivos móveis estavam relacionadas à localização dos usuários, e cerca de 28% das buscas por algo perto deles resultavam em uma compra.
A WordStream identificou, ainda, que 72% dos consumidores que fazem uma pesquisa relacionada à sua localização acaba visitando uma loja que esteja nas imediações.
Esses dados demonstram a importância do SEO não só para que os consumidores comprem online, mas para que usuários que estejam perto de você possam encontrá-lo e chegar até sua loja.
Essa tendência é importante porque quebra o paradigma de que o SEO importa apenas para os e-commerces e que só eles precisam trabalhar a estratégia.
Restaurantes, docerias, lojas de roupas, cinemas e outros tipos de estabelecimento que atendem apenas em seus espaços físicos também podem garantir mais visitas se levarem em consideração os parâmetros de SEO.
A estratégia aqui pode ser trabalhar conteúdo, meta descriptions e palavras-chave focadas na sua localização. Ao invés de deixar o título de SEO de sua página de reservas como “cantina italiana em São Paulo”, usar “cantina italiana na zona sul” ou “cantina italiana no Itaim Bibi” pode ser mais efetivo para ser encontrado por quem mora ou trabalha na região.
Pesquisa em voz: você está preparado?
Quando você imagina seus clientes pesquisando por algo relacionado àsua marca pensa em alguém digitando uma palavra-chave no computador? No máximo no celular? Isso pode estar mudando e você tem de estar preparado.
A evolução das tecnologias relacionadas à inteligência artificial tem criado assistentes virtuais cada vez mais eficientes e surpreendentes e, embora muitas pessoas ainda não os usem, já há uma crescente onda de usuários que estão preferindo fazer pesquisas por voz em vez de digitá-las.
Só a Siri, assistente virtual do iPhone e uma das mais populares, é usada por 19% dos usuários do smartphone todos os dias, segundo o HubSpot. Mas o número pode ser ainda maior quando consideramos outras inteligências artificiais que vêm ganhando destaque, como a Cortana, da Microsfot, e a Alexa, da Amazon.
O Search Engine Land identificou que 20% das pesquisas no aplicativo do Google nos dispositivos com sistema Android são feitos com voz. O maior motivo? O Statista perguntou aos usuários e 43% disseram que é mais rápido que digitar. O segundo motivo, apontado por 21% deles, é o fato de simplesmente não gostarem de digitar em seus smartphones.
Ao que tudo indica, essa é uma tendência bem recente, já que o mesmo estudo do Search Engine Land descobriu que 60% dos usuários de pesquisa de voz começaram a usar o recurso há menos de um ano e 41% há apenas 6 meses, mas é uma tendência que deve se fortalecer cada vez mais com o desenvolvimento e a otimização desta tecnologia.
Quem trabalha com SEO precisa estar preparado para incluir em seus textos palavras-chave que sejam mais naturais na fala do que na escrita.
Por exemplo, é bem comum pesquisarmos “Haddock Lobo cafeterias”, quando escrevemos, mas, ao falar, o mais natural seria buscar por “cafeterias na Rua Haddock Lobo”. Esse tipo de mudança deve ser considerado na hora de criar estratégias para o Google, pensando que a pesquisa por voz pode ser uma tendência que veio para ficar.
De acordo com Flávia Crizanto, fundadora da Brands and Blogs, empresa especializada em construção de autoridade web, o crescimento do volume de buscas por voz utilizando assistentes virtuais pode impulsionar ainda uma outra tendência: o fortalecimento de outros mecanismos de busca, como o Bing.
“O estrategista espanhol Gianluca Fiorelli sugere considerar o Bing, e não só o Google, na hora de traçar um plano de SEO. Isso porque o Bing está alimentando a pesquisa da Siri e Alexa, além de ser o mecanismo de busca padrão da Cortana”, explica.“Se levarmos em consideração a quantidade de dispositivos iOS/OS X, Windows 10 e Amazon Echo, a previsão faz sentido.”
O SEO mobile veio para ficar
Como já sabemos, o Google vem dando cada vez mais relevância aos sites que estejam preparados para abrir em aparelhos com telas menores, já que o uso de smartphones para acessar a internet – e comprar – vem crescendo ano após ano.
Na última edição da Black Friday, um dos maiores eventos do varejo atualmente, quase 20% das compras foram feitas por meio de dispositivos móveis aqui no Brasil. E no primeiro semestre de 2017 as vendas via dispositivos móveis cresceram 35,9% e já representam 24,6% de todas as vendas do e-commerce atualmente. Os dados são da Ebit.
>> Leia também Mobile first: porque e como você deve utilizar esta técnica na hora de construir seu site
Pensando que o ciclo natural de compra envolve um momento de pesquisa, é seguro dizer que, se as pessoas estão comprando mais pela internet, elas também estão pesquisando mais os produtos que querem adquirir.
E onde elas pesquisam? Nas ferramentas de busca! De acordo com o Google, 51% dos usuários de smartphones descobriram novas empresas ou produtos enquanto faziam uma pesquisa na internet usando seus aparelhos. E o Smart Insights descobriu que 48% dos consumidores utilizam mecanismos de busca como o Google para pesquisar produtos e serviços.
E, é claro, não é de hoje que o Google tem reparado nisso. O gigante das buscas já estabeleceu que as empresas que não tiverem sites mobile friendly (que são otimizados para dispositivos móveis) podem ter o seu posicionamento prejudicado.
Além disso, Flávia Crizanto explica que a utilização do mobile também tem contribuído para o desenvolvimento das outras tendências que vêm se fortalecendo. “O uso do celular facilita a busca por voz, buscas locais, buscas em mapas e em outros recursos multimídia, como vídeo”, diz a especialista. “Esses comportamentos devem estimular quem planeja o SEO a entregar conteúdos menos focados em palavras-chave (acredito que vai ser um grande desafio para muitos, já que a base do SEO está pautada nesse tipo de pesquisa) e mais em semântica e contexto”, finaliza.